Ode ao Thiaguin

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Cê fraga líquidos, véi? Thiaguin tem altos líquidos! líquido gasoso, líquido solido, líquido líquido, fraga véi?

O pai do Thiaguinho tem a carteirinha do uótergueiti, fraga?

Esses dia George Lucas, fraga, George Lucas, ligou lá: “E aí, pai do Thiaguin, me ajuda a escrever o episódio 4, 5, 6?” O cara é foda…

Cê fraga empresa de telefone, véi?

Thiaguin muda de numero a cada 25 segundos, sô!

Pai do Thiaguin tem a carteirinha da Anatel, fraga? Os cara da Anatel tudo liga lá pro pai do Thiaguin:

– Alô? Pai do Thiaguin? Como é q faz pra grampear os telefone do Zé Serra, da Dilma, do Maluf?

Pai do Thiaguin é foda!

Ele tem a carteirinha da CPI do mensalão, fraga?

Zé Dirceu liga lá pro pai do Thiaguin:

-Alô? Pai do Thiaguin? Aqui é Zé Dirceu, véi! Como é q faiz pra encher o cu de dinheiro?

Por isso q o Thiaguin vive mudando de número, véi. Aí ninguém rastreia quando ele foge da cadeia.

É, véi! Thiaguin tem a carteirinha do Prison Breik, fraga? Maicou Scófild, Lincol Banrrous, Bruno e Marrone, fraga?

Thiaguin ta demorando véi. Não atende o telefone. Thiaguin deve tá fugindo da cadeia de novo, no Titanic, pra Londres véi.

O cara entra no Titanic, altos morto-vivo reencarnado da década de 20 e esquece dos chegado, mano.

Já falei com ele:

-Thiaguin, cê é loko véi, fugindo da polícia na porra do Titanic?! Vai q os Iceberg cai do céu cheio das kriptonita muilo loka e vocês todos viram tartaruga ninja, véi!

Aí Thiaguin fala:

-Ah, pega nada não! Pega nada não!

Ja falei com Thiaguin:

-Cê vai morrer de loucura, Thiaguin! Vai morrer de loucura, morrer jovem, sem constituir família!

Cê fraga línguas véi? Pô, claro que cê fraga, né? Mas cê não fraga idiomas, sô!

Pai do Thiaguin fala todos os idioma, fraga? Inglês, Francês, Alemão, Turco Otomano Austríaco, Latim, Binário, Mímica, fraga? Todos os idioma véi! Todos os idioma!

Pai do Thiaguin tem a carteirinha do si si ei ei, fraga?

Os cara q viaja no tempo tudo liga pro pai do Thiaguin:

-Alô, pai do Thiaguin? Aqui é o Bill e Ted, mano. Como é q traduz o Codex Gigas pras língua gótica, sô?

Pai do Thiaguin é foda!

Oh, cê tem a carteirinha do Moulin Rouge, véi? Pai do Thiaguin tem a carteirinha do Moulin Rouge, sô. Tudo dentro da base da NASA lá do sítio do pai do Thiaguin, véi. Cheio de árvore, carro, striper. Tudo gado do pai do Thiaguin, véi.

Até a Dercy Gonçalves liga lá do inferno pro pai do Thiaguin:

-Alô, pai do Thiaguin? Vai chupar um canavial de rola, caralho!

É véi, pai do Thiaguin conhece o capeta, sô!

Cê fraga feriados, véi? …É feriados, sô! Aqueles que têm várias temporadas.

Thiaguin tem todas as temporadas da turma do Thiaguin, fraga? Pai do Thiaguin grava a turma do Thiaguin em tempo real véi!

Pai do Thiaguin tem a carteirinha do Big Brother, fraga? George Orwell liga lá pro pai do Thiaguin:

-Alô, pai do Thiaguin? Como é q eu faço pra espionar as casa e dominar o mundo, sô?

O cara é foda! Pai do Thiaguin tem a carteirinha do Pinky e Cérebro.

O pai do Thiaguin conhece os irmãos Write, fraga? Os cara tudo liga pro pai do Thiaguin:

-Alô, pai do Thiaguin? Como é q faz pra eu roubar o projeto do 14 bis?

Oh véi, cê fraga veículos?

Thiaguin tem a carteirinha do transporte público, fraga? Altas lotação voadora, ônibus, submarino, motoboy, espaçonave, fraga? Thiaguin viajou pra Marte na Kombi do pai dele. O pai do Thiaguin tem a carteirinha da área 51, fraga?

Os E.T. liga tudo pro pai do Thiaguin, véi! É sô!

-Alô, pai do Thiaguin? Aqui é o E.T.! E.T., Casa! Inch from roume!

Pai do Thiaguin tem a própria frota da interpraize, véi! Os cara de Estar Trek q arruma pra ele, véi! O cara tem a carteirinha da NASA. Doido demais, sô!

Dentro da interpraize do pai do Thiaguin cabe 6 frota de homem-elefante, 4 tiranossauro rex, 3 carregamento do Senhor da Guerra e 12 legiões urbanas, fraga?, só de prostitutas da rua Augusta véi.

Se enfileirar tudo dá 2 voltas na Terra! Meo! Muito doido! Muito doido, sô!

Falei com Thiaguin: Thiaguin, teu pai tem q economizar grana véi, vocês ficam adquirindo esses altos bens de consumo sô, a santa inquisição vai enrabar vocês uma hora, véi! Mas Thiaguin não acredita… Thiaguin fala:

– Pega nada não!  Pega nada não!

Mas sabe porque ele diz que “pega nada não”? Porque o pai dele tem a carteirinha do vaticano, sô!

Papa Francisco tudo liga lá pro pai do Thiaguin:

-Alô, pai do Thiaguin! Como é q faz pra excomungar o Maradona? O Richardson, o Pokémon de Jesus?

O cara é foda véi!

Thiaguin tá demorando sô…

Na Latrina do Amor 2.0 (parte 4 – A Vingança do Sith!)

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Mas primeiro, uma palavrinha de nossos patrocinadores:

paula fernandis

Na Latrina do Amor oferece: Trilha Sonora de “Na Latrina do Amor – Greatest Hits” Nacional e Internacional! Incluso o grande sucesso “canção fúnebre maldita do satã” na voz de Faula Pernandéz!

 

Refrão da música:

– ¡Besameeeee! ¡Besameeeee muuuuuchooooo! ¡Como si fuera esta noche la ultima veeeeeez! ¡Besameeee, besame muuuuuucho! Que tengo miedo perderte, [pausa] perderte despueeees!”

  

ImagemLombarda Sofia e seus 2 irmãos mariachis na frente da casa de Diógenes começam a entoar a canção fúnebre maldita do satã e eis que surge o pentagrama sagrado e 3 cérebros infernais rumam para guardar a casa agora amaldiçoada de Diógenes onde passará toda a eternidade feliz ao lado de sua amada q havia voltado à vida.

E todos viveram felizes para sempre!

Mas peraí… Cadê o Black Kamen Rider q ia fazer participação especial? Bom, se você der um zoom na câmera, comprando um bolo de milho na padaria de seu Aníbal, ao lado da casa de Diógenes, Black Kamen Rider estava recebendo sua sacolinha e seus 50 centavos bem na hora em que começaram a subir os créditos de encerramento da novela.

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Epílogo: Lombarda Sofia e seus 2 irmãos mariachis se juntaram ao grupo de música cigana Gipsy Kings em turnê com Black Sabbath e chegaram ao disco de ouro em 1989 e todos viveram felizes para sempre… De novo. Menos o Ozzy, q foi processado por plágio da “canção fúnebre maldita do satã”.

FIM!

ozzy

Na Latrina do Amor 2.0 (parte 3)

ImagemNum ato de vingança insandecida, Lombarda Sofia e seus 2 irmãos mariachis rumam para frente da casa de Diógenes as 10:30pm das 22 horas da noite com + trinta e oite minutos noves fora, vezes 57 segundos arredondados para 60, carregando uma bateria Pearl (nossa feliz patrocinadora) e passam a entoar a canção fúnebre maldita do satã para formar o pentagrama sagrado de Ozzy que aprisionará a alma de Diógenes para sempre no banheiro onde obrava, para se embelezar, enqnt usava o hipotálamo de Severino Buscapé na máquina de xerox conectada por bluetooth à geladeira onde jazia um balde de carne salgada com pó de pemba na esperança de trazer Matilda de volta ao mundo dos vivos.

Não deixe de perder o último episódio de “Na Latrina do Amor – A Vingança do Sith” com participação especial de Black Kamen Rider!

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Continua…

Na Latrina do Amor 2.0 (parte 2)

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NA LATRINA DO AMOR, PARTE 2! Mini-série em 4 episódios.

Ao finalmente libertar sua amada Matilda do hipotálamo de Severino Buscapé a golpes de machado, Diógenes, emocionado por reencontrar seu grande amor declama uma ode em homenagem à sua amada ensanguentada em suas mãos:

–Ode a Matilda Ensanguentada–

Meu amor, minha querida,

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Você é meu 1, meu 2, meu 3, meu 4, meu 5, meu 6, meu 7, meu 8, meu 9, meu 10, meu 11, meu 12, meu 13, meu 14, meu 15, meu Chuck Norris, meu 40 y 20, minha 89 (FM), meus 100 km/h, meus 220v, meu processador Intel core i5 com 12Giga de memória ram, meu relógio com calculadora, meu exame de vista, meu curso de computação, meu guarda-roupas lotado, meu novo conjunto estofado das Casas Bahia, meu novo colete à prova de balas, minha Filosofia Mercantil Capitalista, meu Neoliberalismo, minha  bússola,  meu  Batman

Begining, minha coleção da Enciclopédia Britânica em 4892 volumes, minha tv de 5839 polegadas com tela de plas…

Infelizmente, antes de concluir a última linha da fala de Diógenes, 128,5426 das 425 famílias envolvidas nessa intrigante novela apareceram na casa de Mannuel Carllos Cerveja Rya com foices e tochas sendo responsáveis pelo linchamento do autor e também responsável pelo súbito desaparecimento de Araci Ribeiro Pocahontas, a piranha principal da novela. Obs.: Nenhum pedido de resgate foi feito até o momento.

Sendo assim, os 122 episódios a ser escritos foram substituídos por um roteiro digitado por chimpanzés geneticamente alterados para criar roteiros televisivos em máquinas de escrever.

ImagemNÃO DEIXE DE PERDER O PRÓXIMO EPISÓDIO DE NA LATRINA DO AMOR!

Continua…

Na Latrina do Amor 2.0 (parte 1)

Edição comemorativa de 7 anos, com novos bugs de sistema!Imagem

Vem aí – de Araci Ribeiro Pocahontas e Mannuel Carllos Cerveja Rya – a mais nova novela DO SEU CORAÇÃO:

“NA LATRINA DO AMOR”

Estréia – Terça-feira, Dia de Domingo e Ontem em transmissão simultânea…

(Música de abertura: “E nessa loukúris, di dizer que não ti kéro, vou negando as aparências, disfarçando as evidências… Mas pra que viver fingindis? Vou enfiar o dedo no teu coração!!!)

Sinopse:

Diógenes é um legítimo fdp, vagabundo, batalhador que luta pelo amor de Lombarda Sofia – piranha arquirival de Severino Buscapé (o mais temido castrador de bodes da região de Salvador – não a capital da Bahia, me refiro ao Salvador que mora lá perto de casa…).

Buscapé, por sua vez, não ouve White Metal nem os conselhos de sua sapientíssima mão esquerda: Maria Idalina Conceição das Neves de Niterói, e acaba se fu… graças à mais recente invenção de Plínio Astolfo Noasfalto: O Emule. Os esforços de Buscapé em popularixar o peido musical caem por terra até que ele conhece Betinha: seu pequeno grande amor, medindo apenas 1,02 m de altura, porém de uma extensão glútea invejável!

Um grande confronto se inicia entre 425 famílias rivais após Diógenes descobrir, depois de 65 anos de casado com Lombarda, que amava na verdade a Matilda – reencarnação de uma das 700 mulheres de Salamão, instalada precisamente na extensão da superfície do hipotálamo de Severino Buscapé, e do qual tenta extrair o seu “GRANDE AMOR” a golpes de machado…

Uma infindável sucessão de maracutaias serve de cenário para a venda dos mais diversos produtos: de chapinha para cabelo pixaim até o serviço de Amarração da Dona Heuzete (traz a pessoa amada uma semana antes de você perdê-la!).

Continua…Imagem

As Desventuras de Tonho Cruize

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Tonho Cruize sempre foi meu mano. Fizemos inclusive a 2.ª série juntos. Lembro-me como se fosse amanhã dos dias em que brincávamos de “polícia e ladrão” no recreio usando macarrão alho e óleo como arma. Me dói ver o quanto a vida sorriu pra Tonho, não um sorriso de alegria, mas de desdém…

Tonho nunca me pareceu totalmente normal, mas não era má pessoa. Seu gosto pela sétima arte lhe ensinou a fazer uso de seus dilemas existenciais e de seu incrível azar no amor como inspiração para as grandes bilheterias. As histórias começavam sempre como missões impossíveis, mas tinham formas maestrais de desfecho… Exceto quando Tonho era processado por violação de direitos autorais por conta de seu fascínio por aliens e agentes secretos.

Somos todos adultos responsáveis com vidas cheias de obrigações ridículas e empregos chatos, mas Tonho havia dado um grande beijo de língua babado no sucesso. Volta e meia nossa galera se reunia para sessões de descarrego no happy hour de sexta-feira e Tonho Cruize, nosso mano, nosso truta, nossa péda 90 sempre, vinha humildemente nos acompanhar. Isso até Tonho se enveredar pela birita… Desde então nada mais foi do mesmo jeito e já faz um ano.

Se eu fosse um narrador onisciente eu saberia que a maior parte dos problemas de Tonho com a bebida começou depois de levar um fora ao descobrir que a mulher que amava, na verdade, só estava usando ele pra voltar com o ex-namorado. Pobre tonho… Deletou até o facebook depois disso. Mas, como eu não sou um narrador onisciente, nem imagino o que se passa pela cabeça de Tonho, que se nega a falar sobre o assunto. É muito triste ver Tonho indo pro bar dia-após-dia, só…

Não julgue Tonho por sua barba mau feita e seu terrível odor de pinga, caro leitor. Tonho é gente boa, mas tem pobremaz com a pinga. A marvada acaba com ele nos dias de solidão. Pobre Tonho! Eu tentei levá-lo ao AA, mas de uns tempos pra cá ele me diz que prefere fazer seus filmes quando está chapado. Eu já acho que Tonho está precisando de um Psicólogo, mas Tonho tem ganhado pouco por causa da seca que tem impedido a gravaçação de seu novo projeto “Poeira em Alto Mar”, gravado simultaneamente em Ibipitanga, Guanambi e Ibotirama. Nem sei se ele poderia pagar o atendimento com os gastos que vem tendo com água mineral, durex e pagando lotação. Coitado! está numa vida dura…

Mas que diabos estou dizendo? Tonho é uma estrela de Hollywood! Se há algo errado é que Tonho se nega a receber ajuda. Ele insiste que só precisa fazer seus filmes pra poder comprar suas limusines de ouro e pagar o aluguel de suas casas com piscina e vista pro mar…

Se você assistir Vanilla Sky vai perceber porque Tonho Cruizou os braços perante a vida e ficou tão triste que pediu pra ser congelado vivo.

Me lembro de ter dito pra Tonho que em Ibipitanga não havia futuro para ele nem para a indústria do cinema, pedi insistentemente para que procurasse se casar com alguma universitária adventista do Unasp, campus 1, em SP, mas nãaaaaao , ele tinha que teimar atrás de um rabo de saia de qualquer piriguete de Ibipitanga! Agora tá aí se embriagando… De qualquer modo sei o que pobre Tonho está passando. Por mais que seus amigos digam que Tonho vai encontrar outra mulher que o mereça e que essa piriguete desgraçada, traidora, filha de belzebu, com certeza não era a mulher pra ele, Tonho perdeu a esperança. Procurou tanto sem achar o que não existe que se convenceu de que ele próprio é só mais um personagem de seus filmes, que sua vida nunca foi real…

Ainda ontem falei com ele por telefone e ele me disse que agora só acredita na cachaça e que planeja ir no brega e começar a vender droga pra pagar os cameramans de seus filmes… E por mais que eu pense que se Tonho for contar a vida dele em um filme será o melhor de toda a sua vida (e eu pagaria pra ver isso no cinema, e não é porque sou amigo de Tonho não!) eu preferiria que Tonho fosse feliz com uma esposa e o fruto de suas entranhas correndo pela casa, com seus pézinhos sujos de lama gritando: “Paaaai, eu quélu chocoiate!”

Vou sugerir pra Tonho que o filme se chame “Desventuras em Ibipitanga”… ou talvez “Coração abandonado no brega cheio da cachaça”? Não,  “Desventuras em Ibipitanga” fica melhor. Já aconteceu tanta coisa ruim na vida dele nesse lugar… Se bem que o segundo nome é tão mais fashion.

Tonho, em seu último momento de lucidez, tentou me dar um conselho ontem… antes de vomitar ao telefone todo cheio da vitamina. Lembro-me que ele disse: “Nunca diga que está confuso quando quer dizer NÃO… Ou o garçom trará mais uma dose e você pode não ter grana pra isso.” é um bom conselho pra Reginaldo Rossi nenhum botar defeito.

Hoje pela manhã Tonho Cruizou a ponte e se foi. Decidiu comprar uma moto, modelo americano Harley Daveson, sumir de Ibipitanga e procurar briga de bar em bar na esperança de que a raiva dê sentido a sua vida enquanto trabalha em seu novo filme autobiográfico e num projeto paralelo que ele pretende chamar de “Beber, Correr e Brigar”: a história de um caçador de recompensas que derruba traficantes na porrada em troca de dinheiro. Antes de partir, Tonho me disse que encontrou um novo motivo pra viver: Seu objetivo agora é xingar e bater em cada ser humano da Terra em ordem alfabética, afinal, é bom dar às pessoas aquilo que elas merecem.

Boa sorte amigo Tonho, e que Deus te abençoe!

Um E-mail para Mamãe

Mamãe querida, antes de iniciar minhas considerações a respeito do meu atual estado de desespero e insanidade mental momentânea, gostaria de proibir-lhe que percas vossa ilustríssima senha de e-mail (se você perder, não vai mais ter como acessar, em como receber minhas mensagens de alto teor calórico)…

Enfim, hoje é domingo, são 7 e meia da noite e eu gostaria de ressaltar que não lesse as futuras linhas a menos de 50 metros de distância de qualquer forma de vida que não vossa excelência, excetuando-se apenas meu totalmente excelente progenitor, sinhôzim meu pai.

Hoje eu e o pessoal da Faculdade tentamos ir pra exposição os cadáveres no Ibirapuera. Infelizmente, fomos acometidos por uma pequena enxurrada que, aliás, resolveu se dissipar no exato momento de nossa chegada! Mas nossa sorte aparente nessa pequena epopéia ainda não se fazia presente… Após descomunais esforços no intuito de localizarmos duas vagas no estacionamento para nossos gentis transportadores (um colega da faculdade e o esposo de uma outra colega), dividimo-nos em bandos pretendendo cobrir uma maior área e assim, quem sabe, encontrar noutro estacionamento próximo, duas vagas. Então, de repente, surge um clarão no Céu!! Opa, peraê: duas vagas são misteriosamente liberadas – o que poderia ser simplesmente obra do acaso, não fosse nosso caro colega esposo de minha amissíssima companheira acadêmica ter dado sinais de possuir poderes extrassensoriais (se é que é assim que se escreve isso) ao declarar premonitoriamente a liberação das duas vagas que estaríamos ocupando minutos depois.

Acreditando ser esta a solução para nossos problemas presentes, veio-nos então a triste notícia, tal qual facada atrás das costas desferida por aquela mocréia que outrara chamávamos “meu amor”: entre nós e a exposição havia o eterno entreposto de aproximadamente 700 pessoas aguardando em fila desde horário anterior às 8 da manhã, o que nos permite imaginar que poderiam estar ali desde a madrugada em acampamento para visitar a tão sonhada exposição daquilo em que todos nós nos tornaremos dada a discrepância que é doar seus restos mortais ao simples e infernal divertimento de psicopatas da área de saúde, que posteriormente, acredita-se, tornar-se-ão péssimos administradores das repartições públicas muicipais de esquecidas regiões do interior nordestino…

O que poderia ter sido um perfeito “programa de índio” (e esta é uma expressão bastante triste, tendo em vista o preconceito étnico-racial implícito à mesma) acabou por ser apenas o desferir duma lâmina afiada em meu pequeno coração, agora já cortado, fatiado, triturado, batido, espremido e jogado o bagaço fora ao presenciar ser a minha pessoa o único indivíduo que não apreciava de uma companhia feminina exlusiva. Permita-me explicar melhor: estando nós em 7 (3 casais e EU!), não fazendo conta da possível existência de um lindo, escuro e abissal poço de sensibilidade em meu coraçãozinho de criança abandonada nessa metrópole de merda, meus caros colegas esboçavam troca de fluidos da mucosa oral (vulgo=boca) ante a minha presença e excluiam-me – reconheço que sem ter a intenção, mas excluíam-me – das conversações que pairavam sobre temas dos quais não entendo bulhufas (tais como RPG, comida oriental e bandas de rock da década de 80, que aliás, eu DETESTO!!!)… Assim sendo, apresento aqui meus protesto de elevada estima e consideração sobre esta merda a vosmecê Mama mia, que mantém-se, ao lado de Jéssica, minha irmã, sendo as únicas mulheres cujos sentimentos para comigo são recíprocos: Mamãe querida, venho pedir-lhe que, encarecidamente, me SOCORRA!!!

Ficará EU afinal sozinho por toda a eternidade a desferir cabeçadas artísticas como expressão legítima de sua inspiração e ódio para com os casais enamorados? Continuará EU conhecendo unicamente garotas idiotas pelas quais se interessa num primeiro momento apenas para descobrir que elas têm algum namorado ou noivo idiota que é todo grandão, marombado e ainda por cima toca guitara em alguma banda de rock alternativo em São Paulo (e isso já conteceu comigo 5 vezes, a contar incusive a responsável por meu adoecimento repentino no período pré-férias – maldita seja!!)? Não perca o próximo episódio de “Minha nada mole vida… de cachorro!” (a mais nova novela daquilo que outrora era conhecido anatômicamente como o seu coração).

Racionalmente e fazendo pleno uso de minhas faculdades mentais, eis que decido me despir das espectativas de admitir a existência de um ser humano feminino compatível com meu padrão de personalidade que não possua um namorado idiota que toca guitarra em alguma banda ridícula – o que, logicamente, implica que entrarei em depressão dentro de 5, 4, 3, 2, 1… OK, minha melancolia está alcançando agora satisfatórios níveis de nebulosidade emocional densa conseqüência duma manhã tempestuosta… EU QUERO A MINHA MÃE!!! (aqui…)

Abraços, saudades e lágrimas de sangue da primeira novela mexicana da década de 80 que você conseguir lembrar o nome.

Atenciosamente, Enrico González: El Mariachi, vulgo EU.

Na Latrina do Amor – Episódios II, I e final

Na Latrina do Amor – Episódio II

Consta em nossos anais que, após sua morte (que ainda está para acontecer), Manoel Carlos Cerveja Rya decidira alterar em cartório seu vulgo nominal designativo para Manuel Chiquinha Gonzalvéz Cerveja & Cia ou algo parecido… Ei! Eu já não escrevi isso?!

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Na Latrina do Amor – Epísodo I

Guarulhos, capital de Ibipitanga. Terça-feira, Domingo e “Dia de São Nunca” simultaneamente,13 de março de mil novecentos e noventa e vinte menos três.

Prezados malfeitores,

Só tô digitano a presente nota pra avisar aos mano desavisadu quie o Episódio II da novela é, na verdade, o Episódio I disfarrrçado e se presta ao serviço de continuação da sinopse de “Na Latrina do Amor: A Nova novela do seu coração”, firrrmeiza? Sendo que o Episódio I, ora escrito, não passa de um complemento do que viria a ser o último episódio da Novela se algum dia ela chegasse a ser escrita pela minha pessoa (o autor)… e não foi (eu acho…)!

Sem mais para o momento, reforço votos de estima e consideração.

Amém.

Att.: A Fria sopa da Vingança

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Na Latrina do Amor Episódio III: A Vingança do Sith

 Meu amor, minha querida,

Você é meu 1, meu 2, meu 3, meu 4, meu 5, meu 6, meu 7, meu 8, meu 9, meu 10, meu 11, meu 12, meu 13, meu 14, meu 15, meu Chuck Norris, meu 40 y 20, minha 89 (FM), meus 100 km/h, meus 220 v, meus joules e quilowatts, meu computador Intel com 1 Gb de memória ram, meu relógio com calculadora, meu exame de vista, meu curso de computação, meu emprego numa multinacional de renome, meu cd novo do UnderOath, do Chevelle e do Pearl Jam, meu guarda-roupas lotado, meu novo conjunto estofado das Casa Bahia, meu pen drivecom toda a discografia em MP3 do Los Hermanos, minha alicia silverstone, minha Lara Kroft, minha Trinity, meu Neo: “o escolhido”, meu Gandalf, meu Darth Vader, meu Luke Skywalker, meu filho da p…

Meu novo colete à prova de balas, minha Filosofia Mercantil, minha bússola, minha Bíblia, meu Batman Begining, minha coleção da Enciclopédia Britânica em 4892 volumes, minha camisinha usada, minha tv de 5839 polegadas com tela de plasma, minhas rosas e vinho tinto, meu cianureto, minha arma de destruição em massa, meu apartamento em condomínio fechado, minha coca-cola, meu passatempo recheado, minha partitura de música clássica, meu Big Mac…

Minha modelo magricela e anoréxica, meu distúrbio comportamental, minha negação de afirmação, minha fuga, minha culpa por não ser o superman, de não te cumprimentar na porta da escola, de não lavar as mãos após usar o banheiro, das minhas piadas sem graça, minha angústia suicida, da minha alma suplicando pra ser salva do fogo do inferno…

O episódio II foi omitido em homenagem… digo, luto pelo linchamento de Mannuel Carllos Cerveja Rya por parte da Comitiva Mafiosa do indivíduo, ora intitulado apenas, como Jeremias José do You Tube, também responsável pelo súbito desaparecimento de Araci Ribeiro Pocahontas. Nenhum pedido de resgate foi feito até o momento.