Tunica de Zeferina

Zeferina e seu professor di Prutuguêiz

Zeferina e seu professor di Prutuguêiz

Desligado do mundo,

Em meio a malmequeres estáticos,
Passando ao subjeto adjunto,
Suspirava o advérbio substantivado
Que se lamuriava da inutilidade…
Sinteticamente inútil.

A obscuridade deflagrada,
Etimologicamente suspeita,
Tragava-se em ritual antropofágico de auto-devoramento –
se é que assim queres que se escreva.

Consistia de um englobado alforge homeopático
– cloaca do inferno –
Num respiro usurpador privara línguas
Vozes.

Audaciosa, Tunica de Zeferina questionava:
-Ô fessô, I acuma ki iscrév agora?

A fala reciprocada (resposta adjacente),
Numa habilidade igualmente graciosa/audaciosa respondia:
-Vá entender essa gramática de morte.

Conclusão:

Língua senhores, não se cheira, se fala.

Nota do autor: A Fria Sopa da Vinganka, em repúdio à esta nova reforma ortográfica, mais uma vez se pronuncia em prol da justiça, beleza e verdade (ou seria liberdade, igualdade e fraternidade? Ah! Enfim… Quero que se dane!). A presente reforma que nesse momento nos acomete no maligno intuito de roubar nosso dinheiro, tirar nossos empregos, tomar nossas mulheres, e matar a todos nós de desgosto com os boletins de nossos filhos burros não passará incógnita nesse blog! Afinal, se é pra reformar, reformem logo a p*rr* toda, a ortografia, a semântica, a pragmática e a sintaxe! Sim! Por que não?! Afinal se a internet e o sms tão degringolando nossa língua de vez, por que não adotar logo u ingreis du tio Sam? Pelo menos assim a gente entende os clipes da MTV e economiza a grana do curso pra entupir as veias de gordura trans nos intervalos do trabalho!