Tunico e Tinoco On The Peer

Mae_Pae_vs2 O que pode acontecer quando dois irmãos caipiras mineiros pescando no píer
de uma floresta equatorial próxima do mesmo porto em que o Pica-Pau (woody woodepecker) se deteve?
 
Barnabé, típico pingunço pau d’água resolve que faltavam piranhas na floresta para que ele e seu irmão pudessem degustar e resolve arranjar algumas em pleno sábado – qnd todos os cabarés de Minas Gerais estavam fechados. Isso poderia deter algumas pessoas, mas não Barnabé! Totalmente mamado ele prossegue em sua busca pesqueira em direção ao Píer mais próximo de sua casa de madeira constrúida por Gumerciniano, seu irmão irlandês e lenhador, medindo algo em torno de 1900 km.
 
A pé, Barnabé rimava enquanto sua vara balançava (a de pesca!) quando de então, de uma hora para outra, eis que sua espera era recompensada por um pneu! Alegremente, Barnabé pega carona com o primeiro mano motoboy que motoboyolava pelo píer em direção à floresta mas que, em seguida, seria derrubado por um Vectra vindo na contra-mão – o que obrigou Barnabé a continuar o resto do caminho a pé enfrentando neve, chuva, frio e alguns travecos que ofereciam seu trabalhos próximos ao Poupa-Tempo na cidade de Guarulhos-SP…
 
“No meio do caminho havia uma pedra… Havia uma pedra no meio do caminho…” Minas não há mais, mas Barnabé não queria catar ninguém naquele dia. Em seu regresso vitorioso a Minas Gerais, Barnabé carregava, como a um troféu, o pneu que pescara no píer. Adentrando à sua casa, demonstrava com técnicas inspiradas no Pai Mei (há muito aprendido com um mestre chinês que lhe dera carona na ViaDu-tra) como retirar de dentro de um pneu velho pescado uma bota de cowboy na qual estivera, durante milhares de anos em processo evolutivo (provocado pela seleção natural brasileira) um objeto de aspecto similar a um frango assado prontinho, ou um galináceo de natal qualquer que as pessoas consomem nos comerciais subliminares da Per-Digaum. Afinal por que comer piranhas quando se pode tirar uma galinha de dentro de um pneu?
 
– Barnabé, você é mágico! – salmodiava Gumerciniano com uma típica gaita de foles na qual introduzira seu charuto favorito em um dos orifícios do instrumento de sopro enquanto seu irmão aprontava a mesa para o jantar…